domingo, 6 de outubro de 2013

Vulcão

Hoje tenho certeza de que minha maior perversidade foi, ao agir em prol de mim mesmo, esquecer-me de todas as constantes do mundo para entregar à vida, vida. Apesar de o que me pudesse matar, brindei o dia com uma imensidade de crimes de amor, que matam com os olhos fechados e alma aberta, e, nas noites, roubei de todas as estrelas as iridescências que eu colocava e coloco em meus textos.

Meu delito foi ter vivido mais com almas do que com pessoas. Foi me importar mais com um poema do que com essa vida tão ordinária. Foi negar ao coração tranquilidade e comodidade. Foi fazer-me lava e explodir vulcões.

Today, I'm sure my biggest perversity was, while I was acting for my well-being, forgetting all world constants in order to give life to life. In spite of what might slay me, I've pledged the day with a immensity of love crimes which kill with closed eyes and open soul and I, at the nights, have stolen, from the stars, iridescence which I place and placed in my texts. My misdemeanor was having lived more with souls than with people, was taking care of poems than of this ordinary life, was denying me peace and commodity. My misdemeanor was making me lava and exploding volcanoes.

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