quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Queria ser como os outros e fui.
Queria tudo que todos tinham e tive.
Queria saber de todas as coisas e soube.
Soube tanto, e tanto, soube mais que o mundo.

Queria um pouco mais de humanidade,
Porém não soube da improbabilidade
de, assim, genuína ser a vida humana.
Eu sabia que se matavam por tanto,
e que se puniam por outros.
Como pudera eu um dia querer humanidade,
se de liberdade já nada tinha?
De repostas certas já não tinha nada.

Ao descobrir da impossibilidade
de se haver humanidade
Matei o mundo, fui viver de literatura.
Se nada mais importava,
não queria ser como os outros;
não queria tudo que os outros queriam;
não queria saber de todas as coisas

Todavia, tudo soube.
Decidiria eu o que fazer do mundo,
se morria ou vivia, eu decidia.
E com tanta inteligência,
vivia a minha vida
com discricionariedade ou não,
escolhia o que queria ou o que não queira
e fazia dum romance, companhia.





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