quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Conto sonhado



O relato que se lê nunca aconteceu, mas eu o vivi tão intensamente em uns dos mais belos sonhos que eu tive e quando eu acordei percebi que eu deveria contá-lo.

"Estava entre corredores e quartos, tudo transcorria bem e cotidianamente. Aquilo não era um sonho, mas era. Eu fui. Ela estava deitada, magra e chorava muito. Passava a última cena da novela, ela não perderia um segundo do seu capítulo final. Ela estava deitada em uma baixa cama, uma cama de rainha. Doeu ver aquilo. Em um breve instante tive a impressão de me levar para longe dali, aquilo era assustador demais para ser verdadeiro, não era verdadeiro, mas era um sonho verdadeiro demais para não ser vivido. eu cheguei perto dela, sua mão repousava na sua barriga. Dei-lhe um beijo e as lágrimas cairam simultaneamente. Eles observavam tudo. Estavam prontos para o que aconteceria logo em seguida. Afastei-me, eles separaram umas roupas e perfume. Eles vestiram-na com uma cinta-liga preta com rendas, uma meia calça preta detalhada e uma vestido que caiu simploriamente bem naquela magra mulher. Passara-lhe uma maquiagem forte, um batom vermelho. A mulher não se mexera esse tempo todo. O choro tinha passado, mas ela ainda repousava esquelética na cama.

Então, agora, já vestida,  mostrava-se soberana.

E em um último suspiro, aquela que já havia tido um AVC, levantou e dançou magnífica sua música de libetação. Não haveria mais falta de sonhos para aquela jovem senhora."

Foi o meu devaneio mais real. Sempar.

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